DEUTERONÔMIO 28:13 – “E o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima, e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do Senhor teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir.”
Os israelitas estavam prestes a entrar na terra de Canaã, então, Deus anuncia por intermédio de Moisés que se o povo obedecesse aos estatutos seria abençoado. Por fazer parte da aliança realizada com Abraão, os descendentes de Isaque receberiam como herança a terra prometida e teriam toda condição para que pudessem prosperar. Moisés enfatiza que o propósito de Deus para aquela nação que havia se tornado escrava no Egito e, que estava no deserto, era fazer com que se tornasse “Cabeça e não cauda”. Nos versículos anteriores deste capítulo o povo é chamado a obedecer e ouvir a voz do Senhor, para que Ele os exaltasse diante das outras nações. As bênçãos do Senhor os acompanhariam fazendo com que fossem benditos os frutos de suas mãos. Embora houvesse a promessa de prosperidade material, o contexto deste versículo não está relacionado a bens materiais, mas sim, a responsabilidade de tornar o nome Senhor e a sua vontade conhecidos.
Moisés disse à nação que o Senhor a estava chamando para si e o povo seria constituído como santo, isso aconteceria quando eles andassem nos seus caminhos e guardassem seus mandamentos. O profeta Isaías afirma que o ancião e varão de respeito é a cabeça, já o homem que ensina a mentira é cauda (Is 9:15). Isaías fala de homens que são compromissados com a verdade e se submetem à vontade de Deus e por isso são cabeça e, em oposição são os falsos profetas que ensinam a mentira. O princípio utilizado pelo profeta Isaías se aplica à nação de Israel em relação ao propósito de Deus e às outras nações. Os israelitas deveriam testemunhar do cuidado de Deus e ser cabeça no ensino para outros povos. Muitas vezes os israelitas se afastaram de Deus e voltaram a ser escravizados, tornando-se cauda.
Por serem descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, os israelitas guardavam as promessas e os ensinamentos, com o passar dos tempos o judaísmo se tornou uma religião exclusiva dos judeus baseada no grau de ligação sanguínea com os antepassados. Quando Jesus veio ao mundo ensinou aos homens, também revelou os propósitos de Deus, que era de fazer uma nova aliança que fosse inclusiva, permitindo que todo aquele que cresce no Cristo como salvador fosse aceito como filho e herdeiro das promessas.
Na carta de Colossenses, Paulo afirma que Jesus é a cabeça do corpo, que é a igreja, que Deus quis que Nele habitasse toda plenitude, e por seu intermédio todas as coisas fossem reconciliadas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu (Cl 1:18-20). Ao se referir ao termo igreja como corpo, ele está falando daqueles que creem em Jesus e, o considera como a cabeça que os guia. Ele pergunta: “Quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo?”, para logo em seguida dizer: “Nós, porém, temos a mente de Cristo”. No aspecto de conhecer e viver a vontade de Deus. Há um privilégio quando se está em Cristo, que é ter uma mente conectada a Dele. Em um mundo cada vez mais globalizado vivemos a cultura do imediatismo, onde o pensamento predominante não é o de construir algo sólido, mas sim, o de ser bem sucedido obtendo êxito a qualquer custo, sendo assim, pessoas com valores distorcidos ditam comportamentos e são seguidas por uma multidão. É necessário entender que Cristo nos chama para sermos luz do mundo. Não devemos conformar com este mundo, mas precisamos transformá-lo com a renovação da nossa mente, conhecendo a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável (Rm 12:2).
Márcio Fostino.
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