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A PSICOLOGIA DO INFERNO.

MATEUS 16:17-19 – “E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”

Jesus havia ido até João Batista no rio Jordão para ser batizado. Quando João Batista viu Jesus vindo a seu encontro ele disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”(o 1:29). Depois de ser batizado Jesus foi para o deserto onde ficou por 40 dias orando e jejuando. No deserto Ele foi tentado pelo diabo, que lhe ofereceu riqueza e poder, além de oferecer pão para saciar sua fome, porém, tendo seu espírito fortalecido Jesus não se deixou corromper e resistiu a todas as investidas do mal. Depois daquele período onde passou se preparando para exercer seu ministério, Jesus saiu dali e foi para outra região, onde passou a ensinar e a curar os doentes. Seus ensinamentos e milagres atraiam cada vez mais pessoas. Certa vez Jesus perguntou para seus discípulos: “Quem os homens dizem que eu sou?”, Eles disseram que uns diziam que ele era João Batista; outros Elias; e outros, Jeremias, ou outro profeta. Então, Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. O apóstolo Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Então Jesus disse que afirmativa de que ele é “O Cristo” era a pedra fundamental sobre a qual a igreja seria estabelecida na terra, e sobre esta rocha (fé), as portas do inferno jamais iriam prevalecer.

A fé de que Jesus era o Messias, o Cristo que havia de vir é o que torna o cristianismo a maior religião monoteísta. No entanto, a partir da reforma protestante o cristianismo tem se configurado como algo cada vez mais complexo e fragmentado, isso, devido às inúmeras doutrinas que foram sendo estabelecidas em consequência das várias teologias e práticas religiosas ao longo dos séculos. A fé em Jesus, o sacramento do batismo e da eucaristia (ceia do Senhor) é o que une os cristãos em todo os períodos da história independente de sua denominação religiosa. O poder da igreja está na unidade da fé e na prática cotidiana dos ensinamentos de Jesus, quer seja de forma coletiva ou individual de seus membros.

Aos anjos foi dado o poder de conhecer a história ao longo dos séculos, alguns deles se rebelaram contra o “Criador” e tiveram como castigo a queda. O líder da rebelião ainda revestido de seu poder tornou-se o maior psicólogo do reino das trevas, além de incitar a rebelião entre os da sua espécie passou a usar seu conhecimento para corromper os homens. Deus é o criador de todas as criaturas, seus atributos dividi-se em comunicáveis e os incomunicáveis, ou seja, alguns de seus atributos podem ser espelhados por sua criação, já outros não. Entre os atributos comunicáveis de Deus estão o amor, misericórdia, sabedoria e bondade. Existem entre os anjos e também nos homens atributos que não pertencem a Deus. A Bíblia afirma que o diabo foi criado um anjo poderoso, sua condição fez com que ele se enchesse de um atributo novo chamado de vaidade, desde então, este é o sentimento que ele tem usado para se opor a Deus e para corromper todas as criaturas.

Salomão é conhecido como o rei mais sábio que já existiu em Israel. Antes de assumir o trono de seu pai Davi, ele pediu a Deus sabedoria. Salomão usou de sua sabedoria muitas vezes para reinar, porém, ele foi seduzido pelas riqueza e seu envolvimento com mulheres estrangeiras corrompeu suas crenças. Em sua velhice Salomão mostra arrependimentos de muitas coisas que havia feito, ele escreveu o livro chamado Eclesiastes, em que usando de sua sabedoria diz que muitas vezes corremos atrás do vendo, e que tudo isso é vaidade (Ec 12:8). O diabo queria fazer com que Jesus se rendesse à vaidade oferecendo os reinos e as riquezas da terra. Ao longo do tempo tem trabalhado a ideia de que a igreja pode estabelecer o reino de Deus no mundo através do poder político e econômico. Foi assim quando o poder eclesiástico se associou ao poder do imperador romano formando um sincretismo religioso. Ou quando durante a reforma protestante os anabatistas, que não acreditavam no batismo de criança, foram massacrados por outros grupos protestantes que discordavam de suas crenças. A vaidade de ser detentores da verdade não só levou a morte de muitos anabatistas na guerra dos camponeses como também levou algumas igrejas apoiarem o fascismo de Mussolini e ao nazismo de Hitler.

“Conhecereis a verdade e ela os libertará” (Jo 8:32). Este tem sido um versículo bastante utilizado nos dias atuais, porém, tem sido na maioria das vezes tirado de contexto. O diabo conhece a verdade e não a pratica, sua maior força está no fato das pessoas não conhecerem sua própria história e da igreja perder o foco nos ensinamentos de Jesus. O poder cristão está na possibilidade refletir os atributos de Deus ensinados por Jesus, outras formas de busca é só vaidade.


Márcio Fostino.

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